foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo |
Por mais que avance em produtividade, a agricultura terá de ampliar área
para cumprir seus planos de expansão da produção de grãos. Por outro lado, as
regiões agrícolas estão concluindo que precisam recompor áreas de reserva para
cumprir as exigências mínimas do Código Florestal. Mas existe um jeito de
cultivar área maior mesmo com os cortes necessários à averbação de áreas
verdes.
Essa equação, aparentemente de solução impossível, deve ser resolvida
com melhor uso das áreas de pastagens. São em extensos campos degradados, mal
cobertos de gramíneas, que estão oportunidades para a agricultura, a
recomposição da mata e inclusive a ampliação da pecuária, aponta estudo da
consultoria Agroícone.
As pastagens perderam 19 milhões de hectares nas regiões Sul, Sudeste e
Centro-Oeste (Cerrado) e ganharam 15,5 milhões de hectares em zonas mais
distantes de núcleos de produção, próximas às fronteiras, em uma década e meia,
conforme Rodrigo C. A. Lima, diretor geral da Agroícone.
Ou seja, houve recuo de 4 milhões de hectares. O saldo era de 81 milhões
de hectares com produtividade média de 3 arrobas de bovino por hectare ao ano
em 2010.
Agora, serão necessários 13 milhões de hectares de terras para cobrir o
déficit de reservas legais dos imóveis rurais diante do novo Código Florestal,
considera. O prazo termina em 252 dias, em 6 de maio de 2016.
Considerando cenário de menor expansão da área agrícola e maior
aproveitamento de pastagens, a área utilizada pelo agronegócio pode inclusive
cair 6,9 milhões de hectares nos próximos dez anos, passando de 238,2 milhões
para 231,3 milhões de hectares. Em outro cenário, com maior expansão das
lavouras e menor retração da pecuária, haverá incremento de 1,5 milhão de
hectares. Se isso ocorrer, agricultura, pastagens e florestas cultivadas vão
somar 239,8 milhões de hectares daqui a dez anos.
fonte: agro.gazetadopovo
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