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sábado, 29 de agosto de 2015

voce sabe o que é ILPF???

foto retirada da internet

Ao longo das últimas três décadas o agronegócio brasileiro vem crescendo e se transformando de maneira expressiva. A incorporação de terras do Cerrado ao processo produtivo nacional, em especial a partir da década de 1970, explica boa parte desse sucesso. Em 1970, a produção de arroz, feijão, trigo, milho e soja foi de 27 milhões de toneladas. Em 2011-2012, a produção dessas culturas somou cerca 160 milhões de toneladas, crescimento de 583% (CONAB, 2013). Entretanto, um grande desafio para a agricultura será contornar os problemas decorrentes de décadas de práticas agrícolas de monocultivo e de elevada pressão sobre o ambiente, tais como: a erosão e perda de fertilidade dos solos, assoreamento dos cursos d'água, poluição do solo e da água e emissões de gases de efeito estufa.

Diante desse cenário, o sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta. torna-se uma alternativa viável de produção para recuperação de áreas alteradas ou degradadas. A integração de árvores com pastagens e ou com lavouras é conceituada como o sistema que integra os componentes lavoura, pecuária e floresta, em rotação, consórcio ou sucessão, na mesma área. Possibilita que o solo seja explorado economicamente durante todo o ano, favorecendo o aumento na oferta de grãos, de carne e de leite a um custo mais baixo, devido ao sinergismo que se cria entre lavoura e pastagem.
A ILPF tem como grande objetivo a mudança do sistema de uso da terra, fundamentando-se na integração dos componentes do sistema produtivo, visando atingir patamares cada vez mais elevados de qualidade do produto, qualidade ambiental e competitividade. A ILPF se apresenta como uma estratégia para maximizar efeitos desejáveis no ambiente, aliando o aumento da produtividade com a conservação de recursos naturais no processo de intensificação de uso das áreas já desmatadas no Brasil.
Desta forma, podem-se classificar quatro modalidades de sistemas distintos:
1.    Integração Lavoura-Pecuária ou Agropastoril: sistema de produção que integra o componente agrícola e pecuário em rotação, consórcio ou sucessão; na mesma área e em um mesmo ano agrícola ou por múltiplos anos.
2.    Integração Pecuária-Floresta ou Silvipastoril: sistema de produção que integra o componente pecuário e florestal, em consórcio.
3.    Integração Lavoura-Floresta ou Silviagrícola: Sistema de produção que integra o componente florestal e agrícola, pela consorciação de espécies arbóreas com cultivos agrícolas (anuais ou perenes).
4.    Integração Lavoura-Pecuária-Floresta ou Agrossilvipastoril: sistema de produção que integra os componentes agrícola, pecuário e florestal em rotação, consórcio ou sucessão, na mesma área.  O componente "lavoura" restringe-se ou não à fase inicial de implantação do componente florestal.


Potenciais Benefícios Tecnológicos e Ecológicos/Ambientais da ILPF
·         Melhoria dos atributos físicos, químicos e biológicos do solo devido ao aumento da matéria orgânica;
·         Redução de perdas de produtividade na ocorrência de veranicos, quando associado a práticas de correção da fertilidade do solo e ao sistema de plantio direto;
·         Minimização da ocorrência doenças e plantas daninhas;
·         Aumento do bem-estar animal, em decorrência do maior conforto térmico;
·         Maior eficiência na utilização de insumos e ampliação do balanço positivo de energia; e
·         Possibilidade de aplicação dos sistemas para grandes, médias e pequenas propriedades rurais.
·         Redução da pressão para a abertura de novas áreas;
·         Melhoria na utilização dos recursos naturais pela complementaridade e sinergia entre os componentes vegetais e animais;
·         Diminuição no uso de agroquímicos para controle de insetos-pragas, doenças e plantas daninhas;
·         Redução dos riscos de erosão;
·         Melhoria da recarga e da qualidade da água;
·         Mitigação do efeito estufa, resultante da maior capacidade de sequestro de carbono;
·         Menor emissão de metano por quilo de carne produzido;
·         Promoção da biodiversidade, e favorecimento de novos nichos e habitats para os agentes polinizadores das culturas e inimigos naturais de insetos-pragas e doenças;
·         Intensificação da ciclagem de nutrientes;
·         Aumento da capacidade de biorremediação do solo;
·         Reconstituição do paisagismo, possibilitando atividades de agroturismo;
·         Melhoria da imagem pública dos agricultores perante a sociedade, atrelada à conscientização ambiental.



fonte: embrapa

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